MARMELEIRO
Marmeleiro é uma freguesia portuguesa do concelho da Guarda, com 27,76 km² de área e 516 habitantes (2001). Densidade: 18,6 hab/km². No património construído é referência: Igreja Paroquial; Capela de São Sebastião; Casa Paroquial (com brasão)
Incêndio cercou o Marmeleiro
As chamas ameaçaram o Marmeleiro, durante a tarde deste domingo, 23 de Agosto. O fogo, vindo do lado de Pega, rapidamente se espalhou por grande parte da freguesia do Marmeleiro. Houve problemas graves em Monte Brás, onde as chamas estiveram perto das casas.
Era já noite quando a situação ficou controlada.
Uma palavra de louvor aos Bombeiros que fizeram um trabalho exemplar, bem como a todos os populares que ajudaram no combate às chamas.
(caminho das Naves está em péssimo estado e quase não se pode passar a pé. Valeu a ajuda dos populares para evitar uma catástrofe. A fotografia foi tirada minutos antes do incêndio ter devastado todos os lameiros da zona)
Tudo teria sido bem mais fácil se os caminhos esivessem limpos. Tinhamos alertado para esta situação há vários meses. É pena que por capricho e má gestão se deixe arder o nosso património florestal.
Numa freguesia que ainda tem uma grande mancha de carvalho, das maiores do concelho, onde começa a haver alguns pinhais por iniciativa de particulares, era importante que os caminhos estivessem devidamente transitáveis.
Neste ponto, o que tem acontecido, ao longo dos últimos quatro anos, é uma autêntica vergonha e um desastre total.
Será que é pedir muito para que limpem os caminhos da freguesia?
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4 comentários
De Anónimo a 01.09.2009 às 13:45
Na verdade o caminho aí existente por ser demasiado estreito não iria representar qualquer obstaculo a esta passagem, até porque o aludido incêndio atravessou estradas.
Todos nós temos um dever de cidadania que se traduz na assunção de responsabilidades pela manutenção da limpeza dos nossos terrenos, e salvaguarda do nosso meio ambiente.
Responsabilizar entidades públicos por erros cometidos por particulares apenas permite a estes últimos aliviar a sua consciência, sem que daí resulte qualquer efeito pedagógico.
Parece-me que haverá que apelar à consciência individual de cada um de nós para diligênciar no sentido de evitar a repetição de situações como a vivida nesse Domingo 23 de Agosto de 2009
De Marmeleiro a 01.09.2009 às 17:36
Só quem não andou no terreno, no dia do incêndio, é que pode afirmar que "a falta de limpeza dos caminhos da freguesia apenas poderia ter sido um obstáculo à circulação dos meios de combate a incêndio caso pretendessem utiliza-los, o que não se verificou no caso".
Quem ajudou a combater as chamas deu conta de que foi impossível utilizar o caminho em questão, sendo necessário recorrer ao derrube de paredes, para que o carro dos bombeiros pudesse passar.
Para além de reflectir a realidade, o que foi escrito apenas pretende chamar a atenção para uma situação que está mal.
Aquele caminho, se estivesse limpo, ajudaria, em muito, o trabalho das pessoas, e foram várias, que ali combateram as chamas (a fotografia é do caminho e não dos terrenos à volta). Não só aquele mas todos os caminhos da freguesia deveriam estar limpos. É pena que ao longo de quatro anos não tenha havido o cuidado de fazer a manutenção dos caminhos abertos pelos militares.
Concordo que os terrenos particulares não estão nas melhores condições e que precisam de mais atenção, mas o exemplo também tem de vir das entidades públicas. De facto, o incêndio atravessou estradas mas isso também aconteceu porque as bermas não se encontravam limpas. Não estavam limpas entre o Adão e Marmeleiro, entre Quinta de Meio e Marmeleiro. O mesmo acontece com a ligação Marmeleiro , Penedo da Sé, Quinta de Gonçalo Martins.
Não se trata de querer aliviar a consciência dos particulares, também têm as sua responsabilidade, mas se o exemplo vier das entidades públicas muito melhor.
Há muito que tínhamos alertado para esta situação.
Francisco
De teresa Paula a 20.09.2009 às 13:24
O que se pretendeu com aquele comentário foi alertar para os limites da actuação dos poderes locais ou nacionais face a propriedade privada. De nada serve imputar responsabilidades aos outros, nomeadamente a entidades públicas, se nós próprios não colaboramos para evitar situações desta natureza: o Estado somos cada um de nós e todos em conjunto com a nossa consciência. E se a freguesia não limpou caminhos -o que não é totalmente verdade atento a noticia prestada pelo blogger desta página publicado em 27 de Junho de 2009, onde aí afirmava precisamente o contrário-quem os utiliza não esta inibido de o fazer.
Ainda assim haverá que sublinhar que as ligações Marmeleiro / Quinta de Meio, Adão/ Marmeleiro / Quinta de Gonçalo Martins/ Penedo da Sé correspondem a estradas municipais, cuja manutenção compete ao Município. Espera-se que os candidatos às eleições autárquicas tomem nota desta situação de falta de limpeza de bermas das estradas para assim poder lembra-la a futuros membros do poder municipal
Teresa Paula
De Marmeleiro a 23.09.2009 às 14:28
Penso que não compreendeu bem a minha preocupação em relação ao que aconteceu no incêndio do mês de Agosto.
Posso explicar quando quiser.
Quanto à actuação das entidades locais e nacionais podiam ter actuado no devido tempo, tal como estão a fazer agora. Não sei se tem conhecimento mas estão a enviar cartas aos particulares para que procedam à limpeza dos terrenos.
Quando escreve, "Ainda assim haverá que sublinhar que as ligações Marmeleiro / Quinta de Meio, Adão/ Marmeleiro / Quinta de Gonçalo Martins/ Penedo da Sé correspondem a estradas municipais, cuja manutenção compete ao Município", não percebo qual é a dúvida. O Município é uma entidade pública que deve dar o exemplo e se for alertado para o que está mal tanto melhor.
Quanto aos caminhos da freguesia, eu aplaudi o que foi feito num deles e continuo a aplaudir, pois não foi ultrapassado pelo fogo. Lamento e continuarei a lamentar o facto de a maior parte deles estarem completamente abandonados e cheios de mato.
Acredito que se houver um pouco de esforço e de empenho, das entidades públicas e dos privadas, será mais fácil evitar novas catástrofes.